Opinião

Em 2024, completam-se 60 anos do golpe que instaurou a ditadura no Brasil, um período marcado por torturas, desaparecimentos forçados e violações dos direitos humanos. No entanto, o governo atual opta por ignorar essas atrocidades, buscando silenciar as vítimas e não responsabilizar os algozes.

A justiça de transição, que visa lidar com as violações ocorridas em períodos de exceção, é fundamental para garantir a memória coletiva e evitar a repetição de horrores passados. O Brasil, por sua postura em relação aos crimes da ditadura, já foi condenado pela Corte Interamericana de Direitos Humanos em diferentes ocasiões.

Recentemente, um novo caso foi submetido à Corte, destacando os danos sofridos pelas mulheres durante esse período sombrio da história do país. A necessidade de promover a verdade, justiça, reparação e garantias de não-repetição é essencial para reconstruir uma sociedade mais justa e inclusiva.

Filmes como “Repare Bem” e “Argentina, 1985” retratam a dor e a resistência das vítimas da ditadura, demonstrando a importância de dar voz às experiências vividas. As mulheres desempenham um papel fundamental nesse processo de busca por verdade e justiça, e é essencial reconhecer sua luta e resiliência.

A justiça de transição, sob a ótica de gênero, revela a importância de repensar as normas jurídicas e políticas para garantir uma distribuição mais justa e equânime dos direitos. É fundamental honrar a memória das vítimas, promover a justiça e garantir que os horrores do passado não se repitam.

As mulheres continuam a ecoar suas vozes, exigindo justiça, memória e verdade. É um chamado que não pode ser ignorado, pois reconhecer e reparar as injustiças do passado é essencial para construir um futuro mais justo e inclusivo para todos.