Ferida aberta

O Conselho Nacional dos Direitos Humanos, órgão ligado ao Ministério dos Direitos Humanos, decidiu reabrir o processo do assassinato do ex-deputado federal Rubens Paiva. Paiva foi sequestrado, torturado e morto durante a ditadura militar. A decisão de reabrir o caso foi unânime e tem um significado simbólico. O conselheiro André Carneiro Leão será responsável pela relatoria do caso.

Durante seu voto, o representante do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Hélio Leitão, afirmou que o caso de Rubens Paiva é emblemático devido à sua violência e impunidade. Ele ressaltou que o corpo de Paiva nunca foi entregue à sua família, que também foi privada do direito ao luto e a um sepultamento digno de seu ente. O caso foi arquivado em 1971 pelo Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, cujo sucessor é o CNDH, através do voto de minerva do então ministro da Justiça da ditadura, Alfredo Buzaid.

A decisão de reabrir o processo busca trazer justiça e verdade aos acontecimentos do passado. É importante que casos como o de Rubens Paiva sejam investigados e esclarecidos, para que a memória daqueles que sofreram abusos durante a ditadura não seja apagada. O Conselho Nacional dos Direitos Humanos está comprometido em lutar pelos direitos humanos e garantir que episódios dolorosos como este não se repitam.