O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, decidiu manter a prisão preventiva do delegado da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa. Ele é um dos acusados pelo homicídio da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

Na decisão, o ministro destacou que a periculosidade social e a gravidade das condutas atribuídas ao investigado, juntamente com a necessidade de preservar a aplicação da lei penal e a ordem pública, justificam a continuidade da prisão.

Barbosa, ex-supervisor das investigações de homicídios na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, teria sido supostamente influenciado pelo deputado federal Chiquinho Brazão e pelo conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, Domingos Brazão, para garantir a impunidade de uma organização criminosa.

Ele também teria solicitado aos executores do crime que não realizassem o homicídio na Câmara de Vereadores, a fim de evitar que a investigação fosse conduzida por autoridades federais.

O ministro ressaltou a ligação do delegado com a milícia do Rio de Janeiro, o que, segundo as informações apresentadas pela Polícia e pela Procuradoria-Geral da República, demonstra sua alta periculosidade.

Barbosa é considerado um dos mentores do crime e peça fundamental em sua execução, possuindo conhecimento sobre os elementos cruciais da investigação. Sua liberdade poderia representar um obstáculo para a busca da verdade.

A decisão do ministro pode ser lida na íntegra no processo INQ 4.954.

Fonte: Conjur