A seccional fluminense da Ordem dos Advogados do Brasil criticou o monitoramento pela Polícia Militar do Rio de Janeiro da atuação do advogado Joel Luiz da Costa na favela do Jacarezinho. A OAB-RJ cobrou explicações do comando da PM e da Secretaria de Segurança Pública do estado após a divulgação da informação pelo jornal O Globo.

No relatório produzido pela PM-RJ, os policiais identificaram Joel Luiz Costa como “advogado da quadrilha”, citando seu número de RG e seu envolvimento com o Instituto de Defesa da População Negra e a Coalizão Negra por Direitos. O Instituto de Defesa da População Negra oferece assistência jurídica à população negra e periférica, além de atuar contra a violência policial.

Costa afirmou que o relatório da PM tenta criminalizar sua atuação como advogado, enfatizando que seu trabalho é em defesa dos direitos humanos. A OAB-RJ destacou a preocupação com a crescente violência contra membros da advocacia e a mentalidade de criminalização da profissão por parte dos órgãos de segurança pública. A entidade exigiu explicações sobre o caso, ressaltando que a prática de monitoramento da inteligência da PMRJ é incompatível com um Estado democrático de Direito.

Fonte: Conjur