
Pagamento fracionado e modernização da coleta de impostos na era digital
A evolução das transações financeiras ao longo das últimas décadas reflete a capacidade de adaptação da sociedade aos avanços tecnológicos. Desde as trocas diretas até os sistemas de pagamento digital, testemunhamos um progresso significativo. Os “pagamentos invisíveis” exemplificam essa evolução, caracterizados pela interação entre algoritmos e sistemas digitais para processar transações de forma imperceptível no dia a dia dos usuários.
Recentemente, durante o 3º Congresso Internacional de Direito Tributário do IAT, realizado em Trancoso (BA), discutiu-se a reforma tributária e seus impactos na economia digital. O destaque foi o modelo de “split payment”, adotado por plataformas como Uber e iFood, que simplifica a arrecadação tributária e reflete a evolução das práticas financeiras impulsionadas pela tecnologia.
O “split payment” permite a divisão automática de transações envolvendo múltiplos atores, como plataformas, fornecedores e intermediários financeiros. No contexto tributário, essa tecnologia promete transformar a arrecadação de tributos, garantindo a precisão e dinamismo do processo, reduzindo a sonegação fiscal e aumentando a eficiência na arrecadação.
Apesar dos benefícios, a implementação do “split payment” apresenta desafios, como o impacto no fluxo de caixa das empresas e a necessidade de uma gestão financeira mais rigorosa. No entanto, a colaboração entre governo, empresas e instituições financeiras pode superar esses obstáculos, garantindo transparência e eficácia no processo.
A tecnologia do “split payment” não só simplifica a arrecadação de tributos, mas também fortalece a integridade do sistema tributário, promovendo confiança e cooperação entre os envolvidos. Essa inovação representa um passo rumo a um futuro onde eficiência e transparência são os pilares da gestão fiscal.
Fonte: Conjur