Em tempos de eleições, é comum ver um aumento nas denúncias de assédio eleitoral, o que nos leva a refletir sobre a fragilidade da democracia diante de práticas que violam a liberdade de pensamento e de voto, direitos fundamentais e inalienáveis de todos. O assédio eleitoral, especialmente no ambiente de trabalho, não só compromete a integridade do processo democrático, mas também desrespeita os direitos essenciais dos trabalhadores.

Mesmo em países com leis sólidas como o Brasil, ainda persistem formas insidiosas de agressão, lembrando o triste legado do “voto de cabresto”. Essas pressões são potencializadas pelas redes sociais, tornando o cenário ainda mais preocupante.

O assédio eleitoral no ambiente de trabalho é uma prática injusta e inadmissível, em que os funcionários são coagidos a votar em candidatos indicados pela empresa, sob ameaça de demissão. Isso não só viola o direito de cada cidadão de votar livremente, mas também cria um ambiente de medo e submissão que mina a democracia.

Além disso, as empresas que toleram ou praticam o assédio eleitoral enfrentam não só consequências financeiras, como altas indenizações, mas também prejuízos à sua reputação. O Ministério Público do Trabalho atua com rigor para combater essas práticas e proteger os direitos dos trabalhadores.

A conscientização e resistência coletiva são fundamentais para combater o assédio eleitoral e garantir um ambiente de trabalho saudável e democrático. A participação política deve ocorrer sem coações, em um ambiente livre de discriminação. A rejeição ao assédio eleitoral é essencial para garantir a efetivação dos direitos e liberdades fundamentais, pilares de uma sociedade verdadeiramente democrática.

Fonte: Conjur