O jornalista Roberto Müller Filho, falecido aos 82 anos em 4 de junho, foi um exemplo de coragem e integridade. Ele ficou conhecido por ajudar a libertar Eros Grau, futuro ministro do Supremo Tribunal Federal, dos porões da ditadura militar na década de 1970.

Eros Grau contou o episódio à revista eletrônica Consultor Jurídico, lembrando que trabalhava na Secretaria de Finanças de São Paulo, sob o comando de Dilson Funaro, que também empregava Müller. Em 1972, quando Grau foi preso e torturado pelo regime, Müller foi corajoso o suficiente para contar a verdade a Funaro, o que levou à sua libertação.

Por causa da ação de Müller, Grau foi solto e pôde voltar para casa são e salvo. Esse ato de coragem e solidariedade salvou a vida de Grau e demonstrou o caráter íntegro de Müller. Mais tarde, Grau se tornou ministro do STF e se aposentou em 2010.

Müller era conhecido por sua conduta ética e humana, sempre priorizando o respeito ao próximo e evitando sensacionalismos. Sua postura exemplar ficou marcada na história, assim como sua coragem em ajudar aqueles que mais precisavam. A sua memória vive através dos atos de bondade e coragem que realizou em vida.

Fonte: Conjur