O Fórum de Lisboa foi palco de debates importantes sobre a desinformação e a propaganda eleitoral, com destaque para a necessidade de regulação das redes sociais. Os participantes concordaram que o Estado brasileiro precisa atuar de forma mais efetiva para combater a disseminação de conteúdos falsos, sem depender exclusivamente das plataformas digitais.

A mesa “Desinformação, Propaganda Eleitoral e Integridade das Eleições”, realizada durante o Fórum Jurídico de Lisboa, trouxe à tona a importância de uma regulação abrangente, que deve ser iniciada pelo Congresso. Participaram do debate figuras importantes como o senador Orlando Silva, a secretária-geral do STF Aline Osório, a pesquisadora Clara Iglesias Keller, o diretor da FGV Marco Aurélio Ruediger e o cientista político Antonio Lavareda.

Ruediger ressaltou a necessidade de evolução institucional imediata no Estado brasileiro, apontando que as estruturas atuais não podem depender apenas das plataformas para filtrar a desinformação. É fundamental a criação de mecanismos próprios para lidar com o problema. Já Orlando Silva destacou a importância de uma regulação ampla das redes sociais, que contemple não apenas o período eleitoral, mas também outras áreas da sociedade.

Aline Osório alertou para os riscos trazidos pela inteligência artificial na produção e disseminação de conteúdos desinformativos, ressaltando a necessidade de regulações mais efetivas. Clara Iglesias apontou o risco de erosão democrática causado pela desinformação, enquanto Lavareda destacou a resistência às regulamentações, especialmente pelas forças antissistema.

O Fórum de Lisboa continua até a sexta-feira e conta com transmissão ao vivo. A discussão sobre a regulação das redes sociais e o enfrentamento da desinformação seguem como temas centrais do evento, ressaltando a importância de medidas concretas para garantir a integridade das eleições e a democracia como um todo.

Fonte: Conjur