
A habilidade dos seres humanos continuará sendo essencial no campo do Direito, de acordo com Barroso, diante do progresso da Inteligência Artificial.
O Fórum de Lisboa foi palco de uma interessante discussão sobre a utilização da inteligência artificial no Judiciário. O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal, acredita que em breve teremos a primeira decisão feita por IA, a ser revisada por um juiz. No entanto, ele ressalta que a sensibilidade humana continuará sendo essencial no Direito.
Barroso participou da mesa “Inteligência Artificial: Riscos Éticos, Econômicos e Eleitorais” durante o 12º Fórum Jurídico de Lisboa. O evento é organizado pelo IDP, LPL da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e FGV Justiça. Além do ministro, estavam presentes o senador Eduardo Gomes, o ministro Ricardo Villas Bôas Cueva, Laura Schertel Mendes e Dora Kaufman, com mediação de Fabrício da Mota Alves.
A discussão foi sobre a complexidade da interpretação no Direito e a importância da sensibilidade humana. Barroso ressaltou as limitações da inteligência artificial em lidar com nuances e sutilezas do campo jurídico. Mesmo com avanços tecnológicos, a presença do humano ainda é crucial.
O evento foi uma oportunidade de debater a aplicação da IA no Judiciário e seus desafios éticos, econômicos e eleitorais. A participação de diversos especialistas enriqueceu o debate e trouxe reflexões importantes sobre o futuro da Justiça sob a influência da tecnologia.
Fica claro que, mesmo com a chegada da inteligência artificial, a sensibilidade e a capacidade de interpretação humana continuarão a ser fundamentais no campo do Direito. O Fórum de Lisboa foi um espaço para refletir sobre como conciliar o avanço da tecnologia com a manutenção dos valores e princípios essenciais da Justiça.
Fonte: Conjur