**Lavagem & Afins**

A inteligência artificial tem sido um tema em destaque, especialmente desde o lançamento de softwares como o ChatGPT pela Open AI. Essa tecnologia complexa permite realizar tarefas que normalmente exigiriam inteligência humana, como a criação de textos, imagens e vídeos, além de análise e processamento de dados.

A influência da inteligência artificial no Direito Penal é evidente, com questões como o uso de deep fakes para manipular a realidade e a utilização da IA por criminosos cibernéticos. No entanto, a IA também pode ser uma aliada no combate ao crime digital.

Um dos usos positivos da IA é na detecção de operações de lavagem de dinheiro envolvendo criptoativos, graças à tecnologia blockchain. A blockchain é um grande banco de dados público, descentralizado e imutável, que permite o monitoramento transparente de transações financeiras.

A inteligência artificial, por meio do machine learning e deep learning, pode identificar padrões suspeitos nas transações da blockchain, auxiliando na detecção precoce de atividades ilegais. Recentemente, pesquisadores desenvolveram modelos de IA capazes de identificar padrões de lavagem de dinheiro com Bitcoins.

Essa tecnologia tem o potencial de reduzir falsos positivos, prever novas atividades criminosas e antecipar ameaças emergentes no cenário dos criptoativos. No entanto, é essencial regular o uso responsável da IA para garantir que ela seja uma força positiva na prevenção da lavagem de dinheiro.

Em resumo, a inteligência artificial apresenta desafios e oportunidades na luta contra crimes digitais, e as escolhas feitas agora determinarão seu papel no futuro. A divulgação ética e legal da tecnologia é essencial, como demonstrado por regulamentações como o “AI Act” da União Europeia e o Projeto de Lei 2.338/2023 no Brasil.

Fonte: Conjur