
A Casas Bahia solicita recuperação extrajudicial perante a Justiça de São Paulo.
O Grupo Casas Bahia, uma das mais conhecidas empresas varejistas do país, entrou com um pedido de homologação de recuperação extrajudicial. O objetivo é reestruturar o passivo financeiro resultante das emissões de debêntures e cédulas de créditos bancários. O pedido foi protocolado em São Paulo, onde a maior parte da estrutura administrativa da empresa está localizada.
Segundo o documento, a reestruturação envolve apenas os créditos mencionados no pedido, não incluindo as dívidas com fornecedores, colaboradores e outros credores. A empresa já conseguiu alongar mais de R$ 4,1 bilhões em dívidas financeiras não prioritárias.
A justificativa para essa reestruturação bilionária é o contexto da pandemia de Covid-19 e a alta taxa de juros no Brasil, que atingiu 13,75%. Além disso, a empresa teve seu rating rebaixado pela S&P Global Ratings, o que resultou na desvalorização de suas ações em 80% desde o segundo semestre de 2022.
Os advogados responsáveis pelo pedido destacam que o aumento do spread bancário e a redução dos limites de crédito impactaram diretamente os custos de crédito para a empresa. Esse cenário, somado à crise sanitária e a instabilidade econômica, motivou a decisão de buscar a reestruturação extrajudicial.
O documento foi assinado pelos advogados Giuliano Colombo, André Moraes Marques, Thiago Braga Junqueira, João Guilherme Thiesi da Silva, Manuela de Carvalho Valente de Lima e Maria Fernanda Marchesan Del Grande.
Essa medida visa reorganizar as finanças da Casas Bahia diante dos desafios enfrentados, buscando restabelecer a saúde financeira da empresa e garantir sua continuidade no mercado.
Fonte: Conjur