
É essencial trocar os custos da produção pela recompensa do avanço como prioridade.
Opinião
O estudo “Custo Brasil na Indústria de Transformação 2008/2022”, realizado pelo Departamento de Competitividade e Tecnologia (Decomtec) da Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo), revela os desafios enfrentados pelas empresas brasileiras para competir no mercado global. Esse cenário impacta não apenas as exportações, mas também a economia interna.
Durante o período analisado, o “Custo Brasil” atingiu uma média de 24,1%, evidenciando a dificuldade das empresas nacionais em comparar preços com seus concorrentes internacionais. Isso afeta diretamente o comércio com os 15 principais parceiros comerciais do Brasil.
Entre os fatores que contribuem para esse custo elevado estão a tributação, os juros, o preço da energia e matérias-primas, a deficiência logística, os benefícios fornecidos pelas empresas devido à falta de serviços públicos e os custos com aluguéis e serviços terceirizados.
Para mudar esse cenário, é fundamental aprovar uma reforma tributária e enfrentar o problema dos juros altos. A busca por políticas monetárias e fiscais mais equilibradas e voltadas para o crescimento sustentável é essencial. O objetivo é transformar o “Custo Brasil” em um “Justo Brasil”, garantindo bem-estar, trabalho digno e inclusão social para todos.
Essas mudanças são cruciais para atender às necessidades de um país em desenvolvimento e garantir a competitividade das empresas brasileiras no mercado global.
Fonte: Conjur