O corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, abriu uma reclamação disciplinar contra o desembargador Luís Cesar de Paula Espíndola, do Tribunal de Justiça do Paraná. Isso aconteceu devido a um discurso discriminatório e ofensivo feito pelo desembargador durante uma sessão de julgamento. Na ocasião, estava sendo discutida uma medida protetiva para uma menina de 12 anos que se sentiu assediada por um professor da escola.

No discurso, o desembargador criticou o “discurso feminista” e afirmou que “a mulherada está louca atrás de homem”. O ministro Salomão destacou a recorrência de casos envolvendo magistrados com posturas inadequadas em relação a mulheres e ressaltou a importância de discutir a cultura de violência de gênero na sociedade.

A decisão do corregedor enfatiza que atitudes misóginas e sexistas contribuem para a naturalização da discriminação e violência contra as mulheres. O desembargador terá 15 dias para prestar informações sobre o ocorrido, e o processo seguirá em segredo de Justiça. O objetivo é reforçar a responsabilidade do Poder Judiciário em combater práticas que atentem contra a integridade, saúde e liberdade das mulheres.

A decisão do corregedor nacional de Justiça reflete a importância de promover a igualdade de gênero e o respeito às mulheres no ambiente judiciário. É fundamental que haja um posicionamento claro contra atitudes discriminatórias e preconceituosas, garantindo um ambiente mais justo e igualitário para todos.

Fonte: Conjur