
O magistrado português acredita que o acordo entre a UE e o Mercosul será benéfico para ambas as partes.
GRANDES TEMAS, GRANDES NOMES
O acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia está em processo de ratificação e, mesmo não atendendo completamente aos interesses de todas as partes envolvidas, é visto como um bom acordo por conciliar interesses divergentes.
O jurista português Nuno Piçarra, juiz da Corte Europeia de Justiça, acredita que esse acordo será positivo para ambas as partes, apesar das divergências de interesses que ainda precisam ser conciliadas. Ele destaca a importância do Brasil no Mercosul e compara sua relevância com a da Alemanha na União Europeia.
Piçarra enfatiza que a visão filosófica kantiana, de integração cosmopolita dos países, e a perspectiva hegeliana, de valorização do Estado nacional, são pontos de disputa no debate sobre acordos multilaterais, como o que está sendo negociado entre a UE e o Mercosul.
O magistrado defende a resolução pacífica de conflitos entre os países por meio da integração, citando o exemplo da União Europeia, que foi criada para evitar guerras entre países europeus. Ele destaca que a organização tem sido eficaz nesse propósito, impedindo conflitos diretos entre França e Alemanha até o momento.
Ao abordar essas questões, Piçarra ressalta a importância de evitar desfechos baseados em guerra e aposta em soluções que promovam a integração e colaboração entre os países.
Fonte: Conjur