
O magistrado responsável pelo caso Mari Ferrer desistiu de mais de 160 processos devido a ofensas recebidas.
Ecos de um processo
O juiz Rudson Marcos, da Justiça de Santa Catarina, que atuou no caso das acusações feitas pela modelo e promotora de eventos Mariana Borges Ferreira, conhecida como “Mari Ferrer”, contra um empresário, desistiu das ações contra pessoas que o criticaram pela absolvição do acusado.
Ele processou mais de 160 personalidades por danos morais, incluindo políticos, artistas, jornalistas e outras figuras públicas que criticaram o julgamento de Ferreira. O juiz comunicou sua decisão ao Conselho Nacional de Justiça.
Entre os processados estavam atrizes, apresentadores, cantores e políticos como Camila Pitanga, Marcos Mion, Ivete Sangalo, Jorge Kajuru e Maria do Rosário. O caso começou com Mariana Ferreira alegando ter sido drogada e estuprada pelo empresário André de Camargo Aranha. No entanto, as provas e depoimentos mostraram o contrário, alegando que não havia substâncias no sangue da acusadora e que até mesmo seus amigos refutaram sua narrativa.
Diante da falta de provas, o Ministério Público pediu a improcedência da denúncia e a absolvição do acusado. O juiz corroborou a decisão, que foi mantida pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina.
Apesar da inocência do empresário, a atenção se voltou para o embate entre a acusadora e o advogado do réu durante o julgamento, sendo interpretado como um ato de machismo. Isso gerou repercussão negativa, desviando o foco das razões da absolvição.
O texto completo da decisão pode ser encontrado no processo 0004733-33.2019.8.24.0023.
Fonte: Conjur