
Rival próximo ou parceiro significativo?
A ruína causada pela traição é um tema recorrente em diversas histórias, como na tragédia “Otelo” de Shakespeare, onde o protagonista é enganado por seu suboficial, resultando na morte de sua esposa. A “Odisseia” de Homero também menciona o cavalo de Troia, um presente aparentemente amigável que esconde soldados inimigos.
No contexto atual, a inteligência artificial (IA) tem sido utilizada para facilitar tarefas repetitivas, permitindo que os humanos foquem em atividades mais complexas. No entanto, o uso da IA generativa, que cria conteúdo inédito, levanta preocupações sobre a segurança dos dados. Empresas como Samsung, Apple e Amazon já modificaram suas políticas devido a vazamentos acidentais de informações confidenciais.
O Poder Judiciário também vem adotando a IA em seus processos, com mais de 140 projetos em andamento. No entanto, a proposta do ministro Luís Roberto Barroso de desenvolver um “ChatGPT jurídico” gerou debates sobre a regulamentação do uso da IA nas cortes brasileiras. O Tribunal de Justiça de Santa Catarina já utiliza o assistente Copilot da Microsoft para otimizar processos judiciais.
A advocacia pública tem aderido ao uso de IA para facilitar suas atividades, mas a questão da segurança dos dados permanece. O compartilhamento de informações confidenciais com empresas privadas levanta preocupações sobre a proteção dessas informações. Enquanto a IA pode trazer benefícios, é essencial garantir a privacidade e segurança das informações governamentais.
Fonte: Conjur