
Um rapaz recém-formado em Direito participou como advogado em um júri que absolveu sua própria mãe.
O Tribunal do Júri da comarca baiana de Valença absolveu uma administradora de empresas acusada de matar o namorado. O veredicto foi dado por quatro mulheres e três homens, que concordaram com a defesa de que o incidente foi um disparo acidental da própria vítima ou um caso de suicídio.
Um dos destaques do julgamento foi a presença da filha da ré, Camila Pita, que aos 14 anos de idade decidiu estudar Direito e se tornar advogada para defender sua mãe. A sessão, presidida pelo juiz Diogo Souza Costa, durou mais de 24 horas e teve debates intensos.
O juiz Reinaldo Peixoto Marinho considerou que havia indícios suficientes para levar o caso a júri popular, baseando-se em laudos e depoimentos de testemunhas. A acusada alegava que a vítima cometeu suicídio, porém as evidências apontavam para um homicídio.
Durante o julgamento, a defesa contestou a perícia realizada, apresentando um vídeo que mostrava a possibilidade de alguém atirar contra si mesmo e permanecer consciente por alguns segundos. Os jurados decidiram pela absolvição da ré, afastando a acusação de homicídio e fraude processual.
Apesar das acusações de fraude processual e suposto motivo torpe, a ré foi inocentada, com os jurados considerando que as provas apresentadas não eram suficientes para condená-la. A defesa, composta por diversos advogados, conseguiu convencer o júri da inocência da ré.
O julgamento foi marcado por debates acirrados e detalhamentos técnicos, mas no final, a absolvição da acusada foi decretada. O caso, que teve início em 2012, chegou a uma conclusão após muita análise e argumentação por parte das partes envolvidas.
Fonte: Conjur